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REGANHO DE PESO PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA: PLASMA DE ARGÔNIO ENDOSCÓPICO E SUTURA ENDOSCÓPICA

O reganho de peso após uma cirurgia bariátrica é uma ocorrência comum, afetando entre 10% a 35% dos pacientes nos primeiros 24 meses após o procedimento, e cerca de 50% dos pacientes a longo prazo, em um follow-up superior a cinco anos. No Brasil, estima-se que cerca de 20 mil pacientes bariátricos por ano enfrentam essa situação, necessitando de tratamento médico especializado.

O reganho de peso pós-cirurgia bariátrica pode ser atribuído a vários fatores, incluindo:

  • Sedentarismo
  • Perda de acompanhamento com a equipe multidisciplinar
  • Escolha errônea da técnica cirúrgica
  • Defeitos técnicos na cirurgia
  • Fístula gastrogástrica
  • Medicamentos que reduzem o gasto energético ou aumentam o apetite
  • Transtornos psiquiátricos
  • Hábito de beliscar carboidratos
  • Perda muscular acentuada
  • Fatores hormonais e genéticos
  • Dilatação da anastomose gastrojejunal (AGJ) e/ou do pouch gástrico

É fundamental que os pacientes que experimentam reganho de peso sejam redirecionados para uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas, psicólogos ou psiquiatras, endocrinologistas e profissionais de educação física.

Vários métodos endoscópicos têm sido utilizados para tratar o reganho de peso pós-bypass gástrico, incluindo:

  • Injeção esclerosante de morruato de sódio na anastomose gastrojejunal
  • Endocinch
  • Stomaphyx
  • ROSE procedure
  • OTSC (Over The Scope Clip – OVESCO)
  • Fulguração com plasma de argônio (APC)
  • Sutura endoscópica com Overstitch

Os métodos mais comuns atualmente são o APC e a sutura endoscópica, sendo a combinação de ambos uma abordagem frequente.

O APC é uma técnica endoscópica utilizada desde 1991, que promove uma coagulação térmica monopolar sem contato direto com a mucosa através de um cateter. A corrente elétrica é transmitida por meio do gás argônio ionizável, conhecido como plasma, que penetra de 2 a 3 mm na mucosa.

A ampla abertura da anastomose no estômago operado permite que o alimento esvazie rapidamente para o intestino, reduzindo a saciedade e aumentando a ingestão de alimentos. O tratamento com argônio “cauteriza” a circunferência da anastomose, reduzindo seu diâmetro e, consequentemente, restringindo a passagem dos alimentos, promovendo saciedade precoce e perda de peso.

Geralmente, são necessárias 2 a 3 sessões de endoscopia com intervalos de 6 a 8 semanas entre cada uma, visando reduzir o diâmetro da anastomose para menos de 12 mm, sendo 9 a 12 mm o ideal.

A sutura endoscópica é um método que envolve a sutura interna da anastomose para reduzir seu diâmetro, sendo frequentemente utilizada em combinação com o APC para maximizar os resultados. Apesar de seu custo elevado e da necessidade de intubação orotraqueal, este método é altamente eficaz.

Pacientes com mais de 18 meses pós-gastroplastia do tipo Bypass Gástrico (Capella)
Pacientes com perda insuficiente ou reganho de peso de mais de 20% do peso mínimo ou do total perdido após a cirurgia bariátrica
Pacientes com diâmetro mínimo da anastomose gástrica de 12 mm
Vantagens e Resultados

  • Minimamente invasivo (sem necessidade de cirurgia)
  • Não requer internação
  • Pode ser repetido quantas vezes necessário
  • Retorno rápido às atividades habituais
  • Aprovado pela Anvisa e com riscos mínimos

Segundo a tese de doutorado do Dr. Giorgio Baretta, a média de perda de peso com APC é de cerca de 80% a 90% do peso readquirido, desde que a intervenção seja realizada precocemente. Desde 2009, o Dr. Giorgio Baretta tem desenvolvido e aprimorado esta técnica, orientando endoscopistas em todo o Brasil e tratando milhares de pacientes com excelentes resultados e baixa incidência de complicações.

Se você está enfrentando reganho de peso após sua cirurgia bariátrica, entre em contato conosco para agendar uma avaliação.